Polícia

Polícia do RS apura áudio com ofensas de cunho racista, machista e gordofóbico a suposta policial militar

Autor das mensagens já prestou depoimento e confirmou a autoria do conteúdo, mas afirmou que relato é fictício e foi descontextualizado

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13/06/2022 - 08h50min Corrigir

Um áudio com xingamentos racistas, machistas e gordofóbicos, além de ameaça de morte, supostamente proferidos contra uma policial militar negra é alvo de investigação da Brigada Militar e da Polícia Civil em Porto Alegre. O conteúdo começou a circular nas redes sociais e grupos em aplicativos de troca de mensagens na última quarta-feira (8). 

Em cerca de dois minutos de áudio, o suspeito usa um tom agressivo para agredir verbalmente a policial e ainda fala palavrões. "Baita filha da p*** essa brigadiana. Ainda ela é gorda, né? Ela é gorda e ela é negra! Como é que me (sic) deixam uma negra virar brigadiana? Não dá, velho!", grita. 

O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Combate à Intolerância (DPCI) da Capital pela delegada titular, Andréa Mattos. A agente disse que o suspeito foi ouvido na última quinta-feira (9) e confirmou a autoria do áudio. Porém, ele afirmou que estava relatando uma situação fictícia e que a história foi descontextualizada. A defesa informou que o homem se apresentou espontaneamente e está disponível para qualquer esclarecimento, mas que vem sofrendo ataques virtuais após o caso ganhar repercussão.

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Segundo a polícia, a suposta abordagem teria ocorrido em uma blitz na Rua Luciana de Abreu, no bairro Moinhos de Vento. A data do fato não foi informada. O homem reclama que a oficial, com nome de guerra Santos, teria insinuado que ele estaria bêbado e isso o teria deixado indignado. "Quem que ela acha que ela é? Essa raça dela, essa raça desgraçada", falou. 

Ele teria sido subemtido ao teste do bafômetro, que apontou resultado negativo para a ingestão de álcool. O homem foi liberado na sequência, mas continuou atacando a policial militar, que ameaçou prendê-lo por desacato. "Tu acha que eu vou deixar uma negra me prender? Eu mato ela, mas não vou preso. Raça desgraçada. Nojo", disse.

O suspeito alegou para a polícia que o áudio foi divulgado por uma ex-namorada e que o material teria sido enviado a ela por um amigo com quem ele teria se desentendido. O investigado também afirmou que a blitz mencionada jamais teria acontecido e que há outros áudios que poderiam comprovar que a história foi destrocida, mas não os apresentou na delegacia porque teria trocado de celular recentemente. 

A ex-namorada foi intimada a depor e compareceu na DPCI na sexta (10). Ela negou que tenha compartilhado o conteúdo. A polícia apurou que a mulher tem medida protetiva contra o suspeito por violência doméstica. Nesta semana, amigos do investigado, que poderiam ter salvo os supostos áudios que o inocentariam, serão convocados a prestar depoimento. Até o momento, a delegada Andréa caracterizou apenas o crime de racismo. A gordofobia só será conceituada quando a policial militar for apresentada como vítima. 

O Comando-Geral da BM ouviu o suspeito por meio do Programa PM Vítima, mas não divulgou mais detalhes sobre a investigação nem sobre o acompanhamento da oficial citada no áudio. A corporação publicou uma nota oficial repudiando o ocorrido.

Leia na íntegra:

"Tendo em vista o teor dos áudios que circularam em grupos de redes sociais e na imprensa, com manifestações preconceituosas diversas e que, supostamente, teriam sido direcionadas a uma policial militar, o Comando-Geral da Brigada Militar vem por meio dessa nota prestar esclarecimento à sociedade.

Primeiramente, reiterar que a Brigada Militar repudia veementemente qualquer conteúdo de intolerância, mesmo que simbólica, tratando-se a intolerância racial como crime no Brasil e uma grave violação de Direitos Humanos.

Ademais, se esclarece que a Corregedoria-Geral da Brigada Militar, por meio do Programa PM Vítima, ouviu nesta data o autor dos áudios em questão e dedica atenção especial ao caso, dando continuidade aos esclarecimentos dos fatos que envolvam a Corporação, visando sua completa elucidação.

Por fim, a Brigada Militar reafirma seu compromisso de trabalho em defesa dos Direitos Humanos de todos, inclusive, os direitos de seus policiais militares."

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