Após determinação da Justiça, o procurador acusado de espancar a chefe em Registro, município no interior de São Paulo, foi preso preventivamente nesta quinta-feira (23). Demétrius Oliveira de Macedo, de 34 anos, estava em um hospital psiquiátrico na Capital do Estado. A internação teria sido providenciada por ele próprio.
O delegado Daniel Vaz Rocha, responsável pelo caso, ingressou com o pedido de prisão preventiva do procurador no Poder Judiciário. A autoridade policial alegou que se o acusado permanecesse solto, estaria pondo em risco a vida da vítima e das demais colegas de trabalho, como também da ordem pública. A ordem foi expedida ainda na quarta-feira (22). Os agentes civis foram até a casa do homem, mas ele não foi encontrado. A polícia, então, cumpriu diligências atrás do suspeito até ele ser localizado nesta manhã.
Macedo chegou a ser ouvido na delegacia quando o caso foi registrado, mas acabou sendo liberado por não ter havido flagrante. A Prefeitura de Registro afastou o procurador do cargo e suspendeu o pagamento do salário por, pelo menos, 30 dias. O afastamento foi publicado ontem (22) no Diário Oficial do Município (DOM) e passou a valer a partir de terça (21). Um processo administrativo também foi aberto para apurar a conduta do funcionário público. Ao que tudo indica, ele deve ser exonerado da função.
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O episódio foi registrado no final da tarde da última segunda-feira (20), na sala da procuradoria-geral do município, dentro da prefeitura, ainda em horário de trabalho. Um vídeo gravado por uma outra funcionária do setor mostra Demétrius dando socos, chutes e xingando a procuradora-geral, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos. Em depoimento, a vítima disse que a agressão teve início após ela informar ao colega que havia enviado um memorando à Secretaria Administrativa com uma proposta de procedimento administrativo para avaliar a conduta dele.
Conforme Gabriela, o procurador vinha apresentando problemas de relacionamento com as colegas de trabalho e já havia sido grosseiro com outra funcionária. Ainda de acordo com a vítima, ela e o agressor trabalhavam juntos há cerca de 10 anos, mas que Demétrius começou a mudar de conduta há pouco mais de dois anos, após ser trocado de função na prefeitura.
Gabriela afirmou que irá processar o colega em decorrência das agressões e ofensas contra ela. A procuradora concedeu entrevista ao g1 SP e comentou que temia o comportamento de Demétrius, mas que nunca achou que ele teria uma atitude tão violenta. Gabriela também disse estar se sentindo 'desrespeitada como mulher'.
No primeiro depoimento prestado, Demétrius afirmou que a agressão foi desencadeada após ele ter sofrido assédio moral no ambiente de trabalho. Após ser detido, o acusado foi levado para o cumprimento do mandado de prisão no Palácio da Polícia, na Capital paulista. Depois de passar pelo exame de lesão corporal no Instituto Médico-Legal (IML), ele deve ser conduzido a Registro, onde ficará preso.
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