O microempreendedor individual, popularmente conhecido como MEI, é um regime tributário fácil, simples e que pode ser criado em poucos minutos. Não à toa, hoje este modo de atuação lidera em popularidade e garante os primeiros passos de milhões de empreendedores.
No entanto, este regime cresceu a passos largos nos últimos anos, especialmente durante o regime de isolamento social causado pela pandemia de covid-19. Com a proximidade do fim da pandemia graças ao avanço da vacinação, qual é o cenário deste regime tributário?
Embora em ascensão durante a pandemia, vale a pena destacar que o crescimento do MEI não é algo exclusivo da pandemia. Pelo contrário, muitas mudanças acentuaram a adesão ao MEI, como a reforma trabalhista e a recessão técnica que o Brasil enfrenta.
Para explicar melhor, nós preparamos este artigo e reunimos todos os fatores que aumentam a quantidade de seguidores do microempreendedor individual durante a pandemia.
Quantidade de MEI durante a pandemia?
Durante abril de 2021, o mês foi marcado por regras mais duras em relação ao isolamento social e a maior taxa de letalidade registrada desde então. No mesmo período, o mês também chama atenção por superar a quantidade de 12 milhões de optantes pelo MEI de acordo com as informações do Portal do Empreendedor.
Em comparação ao mesmo período em 2020, nos primeiros meses de pandemia 10 milhões de brasileiros eram adesões ao regime de microempreendedor individual. Isso significa um acréscimo de dois milhões de novos empreendedores no curto período de um ano.
Após o boom que acompanhou os períodos mais duros da pandemia de covid-19, a quantidade de MEI abertos até julho de 2022 alcança o expressivo montante de 14.308.838, com informações tiradas do Portal do Empreendedor.
Por que a pandemia aumentou a quantidade de microempreendedor individual?
O fenômeno que aumentou a quantidade de microempreendedor individual não se limita apenas à pandemia, mas sim há diferenças mudanças e flexibilizações que acontecem ao longo dos anos. Na prática, a pandemia de covid-19 apenas acelerou esta mudança.
Antes da pandemia de covid-19, a Reforma Trabalhista aconteceu em 2017 e flexibilizou o regime de trabalho enquanto pessoa jurídica. À época, ainda de acordo com o Portal do Empreendedor, até o mês de julho de 2017, quando a reforma foi sancionada pelo ex-presidente Michel Temer, o montante de optantes pelo regime MEI era de pouco mais de 7 milhões.
Como vimos mais acima, em apenas quatro anos a quantidade de optantes pelo regime MEI duplicou desde a sanção da Reforma Trabalhista, que flexibilizou regras e permitiu a contratação de mão de obra enquanto pessoa jurídica.
Fora isso, vale a pena mencionar ainda a recessão técnica do Brasil, que vai-e-vem ao longo dos trimestres e afasta investimentos no Brasil. Com a fuga de investimento e a menor taxa de crescimento, o desemprego fica mais acentuado ao longo dos meses.
Atualmente, a taxa de desemprego no país está em 9,3% e impacta mais de 10 milhões de brasileiros, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo estudo, também chama atenção a queda de 5,1% da renda no mesmo período. Especialmente este último dado reforça que os profissionais aceitam postos de trabalho com salários menores em busca de emprego.
Em paralelo a esses dois fatores que antecedem a pandemia de covid-19, o período inédito de isolamento faz com que esses efeitos já negativos fiquem acentuados. Assim, a adesão ao regime de microempreendedor individual cresce e se destaca por ser uma alternativa bastante viável.
Importância do MEI durante a pandemia
A abertura do MEI durante a pandemia é importante por garantir benefícios indispensáveis aos profissionais, como o auxílio-maternidade, a contribuição ao INSS e a aposentadoria por invalidez. Sendo assim, toda a facilidade de se tornar um microempreendedor individual se tornou bastante útil durante todos os meses de isolamento social.
Indo além disso, vale a pena destacar que o regime MEI serve para impulsionar novos negócios. Muitas vezes, o primeiro passo de um grande negócio está na abertura do CNPJ e a evolução acontece ao longo do tempo, onde o porte acompanha o faturamento da recente empresa.
Inclusive, uma conta PJ para MEI está entre os principais aliados aos novos empreendedores. Com o MEI, você encontra linhas de crédito com condições mais acessíveis, especialmente entre os negócios mais estruturados.
A partir disso, é possível utilizar essas linhas de crédito para avançar na oferta de produtos ou serviços. Naturalmente, a empresa cresce e gera cada vez mais resultados positivos!
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