O setor jurídico do Sindicato dos Municipários de Sentinela do Sul (Sindissul) entrará com processo contra a prefeitura após não ter resposta sobre a reestruturação do plano de carreira dos servidores públicos.
A decisão foi tomada em reunião extraordinária ocorrida no último dia 7 de julho. O encontro contou com a presença de membros da diretoria e associados. "Foi decidido que, devido às inúmeras tentativas de acordo com o executivo municipal no que concerne à reestruturação do plano de carreira dos servidores, os baixos salários, entre outros assuntos, não terem tido sucesso por falta de comprometimento da palavra dada, a partir de então serão tomadas todas as medidas cabíveis de processos judiciais através do jurídico do Sindissul, assim como tudo será levado a conhecimento da população através das mídias como blogs, redes sociais e serviços de rádio", informou o sindicato.
Um representante da categoria entrou em contato com o Blog do Juares (BJ News), nessa quinta-feira (4), para lembrar que uma das propostas de campanha do prefeito Flávio Trescastro (MDB), nas eleições de 2020, era a valorização dos trabalhadores municipais por meio da reforma administrativa.
Foto: Folder da campanha de Flávio e Paulo Roberto Coutinho, o Paulinho (MDB), em 2020, com a promessa de reforma administrativa. Divulgação / Internauta / Blog do Juares
Em maio, um grupo de trabalhadores promoveu um manifesto pacífico na Praça Central para expor o problema à comunidade. Cerca de 20 funcionários com cartazes e apitos solicitavam, com urgência, a aprovação do projeto. Conforme o Sindissul, o município possui a base salarial mais baixa da região Centro-Sul. Operários, eletricistas, merendeiras, zeladores, monitores escolares são apontados pelo sindicato como os mais prejudicados por ter um salário-base de R$ 650,00.
No início deste ano, houve um acréscimo no valor do rendimento, mas a associação destaca que o valor teria beneficiando apenas os servidores com maiores salários. Com a soma dos benefícios como insalubridade, escolaridade e horas extras entrando no complemento de salário, o valor sobe para R$ 1.212. Porém, após os descontos, o pagamento fica menor do que o salário mínimo, conforme o sindicato. O grupo defende que a quantia não é suficiente para cobrir os gastos básicos de sobrevivência, como alimentação, contas de água, luz e aluguel. Segundo o Sindissul, funcionários estão pedindo exoneração por conta da baixa remuneração.
Procurado pela reportagem do BJ News, o vice-prefeito Paulinho disse que o governo está disponível a receber o Sindissul para negociação - o que não teria ocorrido até o momento.
"Estamos à disposição aqui na prefeitura para discutir o caso", frisou Coutinho. "Não fomos procurados pra negociar nem com comissão ou sindicato", completou.
*Atualizada às 11h40 para acréscimo de informações
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