Desde o dia primeiro de agosto está sendo realizada a campanha Agosto Lilás no país. A campanha visa combater a violência doméstica, promover debates sobre o tema e divulgar e incentivar que denúncias sejam realizadas.
O mês de agosto é dedicado à campanha porque é o mês de aniversário da Lei Maria da Penha, sancionada no dia 7 de agosto de 2006. A Lei é uma homenagem à mulher que ficou paraplégica em consequência das agressões do marido e que se tornou símbolo da luta contra a violência doméstica.
Os números de violência contra mulheres são absurdos e se tornam ainda mais chocantes quando consideramos que mostram apenas os casos que a polícia teve conhecimento. Leia aqui a matéria completa, que mostra os dados de violência contra mulher no RS de janeiro a julho de 2022.
Diversas mulheres não realizam a denúncia e ficam reféns da situação por diferentes razões, que não cabe a ninguém julgar. Porém, todos podemos contribuir para que esses casos acabem. Podemos orientar as vítimas e realizar denúncias anônimas.
Além disso, podemos realizar essa orientação para todos, independente de estarem vivendo situações de violência, tanto para mulheres, quanto para homens. Podemos promover discussões e pensamentos críticos sobre o tema. E uma maneira de fazer isso é através da leitura.
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Para contribuir com a orientação de identificação dos tipos de violência, como começam, como ocorrem, entre outros fatores, além de orientar a denúncia e locais de apoio, separamos algumas leituras interessantes. Cada uma das obras retrata diferentes tipos de violências, tanto fictícios, quanto relatos reais de vivências.
Confira a lista a seguir:
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Desconstruindo Una: É uma história em quadrinhos que mostra a história de Una durante seu crescimento. Conta todos os tipos de abusos que a personagem sofreu, suas dificuldades de lidar com a situação. Além disso, a obra também apresenta uma série de dados sobre violência contra mulher, machismo na sociedade, políticas públicas e muito mais.
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É Assim que Acaba: É uma ficção, com algumas cenas baseadas em histórias reais, inclusive vivenciadas pela própria mãe da autora. A trama conta a história de Lily, que passa a ser vítima de violência doméstica e demora a perceber isso. Nessa história a autora mostra os ciclos de violência, diferentes formas de agressão e deixa muito claro que não existe nada que justifique atitudes assim.
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Diário de Uma Escrava: É escrito por uma gaúcha, que também evidencia muitos dados de violência, sequestro, estupro e demais situações que ocorrem no país e no mundo, vitimando diversas mulheres. A história apresenta de Laura, uma adolescente de 15 anos, que é raptada e mantida em cárcere privado, escondida do mundo, agredida e abusada de diferentes formas. Aqui a autora mostra que qualquer um pode ser um estuprador, até mesmo aquele cidadão exemplar que frequenta a igreja.
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A Cidade do Sol: Neste livro conhecemos a história de Mariam e Laila. A autora retrata a realidade difícil enfrentada pelas mulheres no Afeganistão, justificada pela cultura do local. Elas vivem diversos tipos de opressão, preconceitos e humilhações.
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50 Tons de Cinza: Nesta obra, mesmo que exista muita romantização em relação à história, podemos perceber uma série de males e violência, principalmente violência psicológica. O personagem controla e manipula sua “amada” em níveis absurdos. É possível identificar um grande problema aqui, o de romantizar e justificar ações machistas e agressivas pelo passado trágico do agressor, o que é totalmente inaceitável. A leitura é válida a fim de identificar essas agressões e não permitir que sejam reproduzidas na vida real.
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A Cor Púrpura: Aqui conhecemos a história de Celie, uma menina negra, que cometeu um grande pecado: nascer mulher. Ela sofre abusos pelo pai, marido e pela sociedade. A história é narrada pela personagem através de cartas, onde descreve todos os dramas vive.
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Bom dia, Verônica: É um livro de investigação policial, que conta a história de uma policial que resolve investigar dois feminicídios complexos. O livro levanta vários questionamentos sobre a violência: como ela acontece, quais podem ser as consequências, o quanto as vítimas se sentem culpadas ou, por vezes, cúmplices, e por aí vai.
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Beijos no chão: A história narra a violência contínua que uma mulher de classe média alta, com dois filhos pequenos, sofre na mão do marido alcoólatra. É a história real da escritora e jornalista Dani Costa Russo.
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Por que você volta todo o verão? Uma adolescente é abusada sexualmente pelo tio durante três anos, dos treze aos dezesseis, sob o olhar condescendente de alguns parentes e desinteressado de outros. Marcada pelo trauma, aos 22 consegue reunir forças para denunciá-lo. Não sabia, porém, que o mais difícil seria enfrentar as reações da família. Essa é mais uma história real relatada pela própria vítima, autora da obra.
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