A Polícia Civil (PC), por meio da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Canoas, após uma investigação de seis meses, indiciou executor e mandante de um homicídio qualificado. Na noite de 28 de setembro de 2023, no bairro Mathias Velho, em Canoas, um corpo carbonizado foi encontrado no interior de um veículo.
Na ocasião, o criminoso ateou fogo em um veículo Fiat/Palio, em via pública, com o corpo da vítima em seu interior, fugindo em seguida. A vítima foi identificada após análises técnicas do Instituto Geral de Perícias.
Segundo o delegado Arthur Hermes Reguse, a investigação transcorreu de forma minuciosa contando com o recolhimento de imagens de câmeras de monitoramento, participação da população com informações através do serviço de denúncias 0800 642 0121, bem como pelo cruzamento das informações obtidas através de perícias técnicas fornecidas pelo IGP.
“Foi possível apontar tanto executor como o mandante do crime, sendo ambos oriundos de grupo criminoso que atua em Canoas. O Executor possui 37 anos, e antecedentes por estelionato, roubo, furto, homicídio qualificado tentado e receptação, e já estava preso em virtude de outro crime de homicídio ocorrido também no ano de 2023. Já o mandante do crime, liderança de grupo criminoso, possui 34 anos, indiciamento em quatro outros homicídios qualificados, porte de arma com numeração suprimida, tráfico e associação para o tráfico, dentre outros crimes”, esclarece Reguse.
Tanto executor, mandante, e mesmo a vítima exerciam atividades criminosas. A motivação da morte foi por conta de desavenças na gerência do tráfico de drogas realizado pelo grupo criminoso.
O Delegado Reguse completa: “Mesmo em uma situação como esta, com um carro incendiado e um corpo carbonizado, foi possível executar investigação qualificada, contar com informação da população e perícias técnicas do IGP, que nos levaram a confirmar, com prova técnica irrefutável, a autoria dos crimes de homicídio qualificado, incêndio e ocultação de cadáver.”
O Inquérito Policial foi concluído e remetido ao Poder Judiciário, onde ficará à disposição do Ministério Público. Tanto o executor como o mandante do crime já estão presos.
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