Polícia

Polícia pede para população parar de divulgar em redes sociais fotos de suspeitos da morte de Eduarda

Instituição alerta para riscos de injustiças e diz que informações devem ser repassadas pelo telefone 0800-642-6400
Publicado: 23/10/2018 às 14:07 | Atualizada: 16/11/2020 às 06:04 | Correio do Povo / Foto: Alina Souza
Juares da Luz

A Polícia Civil fez um apelo na manhã desta terça-feira (23) para que todas as informações sobre suspeitos de envolvimento na morte da menina Eduarda Herrera de Mello, de nove anos, sejam repassadas mesmo sob anonimato somente à instituição através do telefone 0800-642-6400. Há uma preocupação com a proliferação nas redes sociais de fotos de diversos homens parecidos com o autor do crime, elevando os riscos de injustiças e até linchamentos. Na internet, já circula, inclusive, uma suposta conclamação em nome de apenados de todos os presídios gaúchos para que qualquer uma das facções criminosas capture o assassino da criança. 

“Divulgamos na segunda-feira o retrato falado e muitas denúncias chegaram. Pedimos que a população continue repassando informações, mas tome cautela e não faça justiça com as próprias mãos. Estamos atentos às situações em que estão achando pessoas parecidas com o retrato falado. Solicitamos que informem somente à Polícia Civil ao invés das redes sociais”, pediu a diretora do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca), delegada Adriana Regina da Costa. “A gente conta com o apoio da população nas denúncias”, acrescentou. 

O retrato falado do suspeito de sequestrar e matar a vítima foi elaborado pelo Instituto-Geral de Perícias com base na descrição de uma única testemunha. “Tem cerca de 80% de semelhança com o sequestrador. A testemunha viu ele conversando com a menina”, observou a delegada Adriana Regina da Costa. “Não descartamos porém a participação de mais pessoas na morte da menina”, revelou. Enfatizando que a população não faça “justiça pelas próprias mãos”, ela reiterou que “é preciso ter cautela para chegar realmente a quem praticou o ato”. 

Investigação 

A diretora do Deca adiantou ainda que inexiste por enquanto uma única linha de investigação sobre o crime. “Não descartamos nenhuma”, resumiu. Sem lesões aparentes e com roupas, o corpo da menina foi encontrado parcialmente submerso e de bruços nas margens do rio Gravataí, ao lado de um barranco no km 23 da ERS 118 na manhã de segunda-feira em Alvorada. Ela havia sido sequestrada na noite de domingo perto de casa no bairro Rubem Berta. 

A delegada Adriana Regina da Costa aguarda os laudos periciais do Departamento de Criminalística e do Departamento Médico Legal, mas preliminarmente já foi constatado que a vítima morreu afogada. A equipe da delegada Andrea Magno, titular da Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente Vítima, quer saber agora, por exemplo, se a criança reagiu antes de ser morta, se foi dopada, entre outras dúvidas. 

O próprio fato do afogamento chamou a atenção dos agentes que rejeitam a possibilidade de algum ritual sinistro praticado. Outra observação dos investigadores é de que a menina não estava com o roller que usava quando brincava na rua e foi arrebatada pelo motorista do veículo de cor vermelha. “Não foi localizado esse roller”, destacou a diretora do Deca. A hipótese de alguém conhecido da menina estar envolvido no caso é igualmente apurada. 

Sobre o Fiat Siena, de cor vermelha, encontrado no bairro São Sebastião horas depois do sequestro da menina, a delegada Adriana Regina da Costa confirmou que as perícias descartaram a ligação com o caso. “Segundo o rastreador, ele não passou no local do sequestro da vítima. Se fala em um carro vermelho mas a marca ainda não foi definida”, observou. 

Agentes estão em busca de imagens de câmeras de monitoramento em todo o bairro Rubem Berta. O trabalho investigativo também está sendo realizado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Alvorada sob comando do delegado Edimar Machado. 

No final da manhã de hoje, o corpo de Eduarda Herrera de Mello foi sepultado no Cemitério da Santa Casa, em Porto Alegre. A família realizou a cerimônia fúnebre de modo reservado e sem a presença da imprensa.

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