Saúde

Trabalhadores da saúde de Canoas fazem protestos nos hospitais

Paralisação da categoria deve durar até a noite de quinta-feira

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05/12/2018 - 15h28min Correio do Povo / Foto: Fernanda Bassôa / Especial / CP Corrigir

Trabalhadores dos Hospitais Universitário, de Pronto Socorro, Nossa Senhora das Graças, UPA's Rio Branco, Caçapava e das Unidades de Atenção Psicossocial, de Canoas, pararam as atividades na manhã desta quarta-feira e devem permanecer de braços cruzados até as 20h desta quinta. Com faixas, apitos e cartazes, os profissionais realizaram protestos e manifestações que se concentraram em frente aos Hospitais de Pronto Socorro (HPS) e Universitário (HU).

A paralisação é para chamar atenção das autoridades e da comunidade local sobre a situação pela qual passa a saúde do município, além de alertar sobre os atrasos salariais, ausência de depósito de FGTS, férias e 13º salário. O Sindicato garante que, 30% dos atendimentos estão sendo mantidos. O secretário-geral do SindiSaúde, Julio Jesien, explica que conforme for a avaliação dos trabalhadores após o movimento, pode ser deflagrada greve por tempo indeterminado.

“Sabemos das dificuldades financeiras que enfrentam os governos, mas os profissionais da saúde são diferenciados. Eles têm um outro compromisso, pois lidam com a vida das pessoas. É um trabalho de risco.”

O educador social, Charles Brito, 36 anos, que atua no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Travessia, local que atende mais de cinco bairros do município, comenta que a restrição dos atendimentos afetou os grupos de convivência, cujas atividades e oficinas foram suspensas. Carmen Leão, 60 anos, que trabalha na Rede ABC e integra a equipe de higienização, conta que há atraso no vale-transporte, alimentação e não houve o pagamento nem da primeira parcela do 13º salário. 

O Grupo GAMP, que gerencia o HU, HPS, as UPA's Rio Branco, Caçapava e quatro unidades de Atenção Psicossocial de Canoas, informa que a Prefeitura repassou o valor de R$ 16.350.272,53. Destes recursos, 70% foi destinado à folha de pagamento e o restante, para assistência da saúde, como compra de medicamentos, materiais, órtese e prótese, produtos de limpeza, alimentação e insumos para manter as unidades de saúde abertas no município.

O GAMP reitera que faz o gerenciamento dos recursos que recebe e que o contrato firmado com a prefeitura de Canoas, para a gestão das unidades elencadas acima é de e R$ 21.307.032,53 mensais. O grupo ainda reitera que protocolou junto à Secretaria da Saúde, em 18 de outubro, a solicitação de verba de R$ 31.062.578,99 para o mês de novembro, já prevendo o pagamento da primeira parcela do 13º salário dos colaboradores. Ressalta, ainda, que desde maio de 2017, e nas reuniões subsequentes da Comissão de Gestão vem comunicando em atas o descompasso de custo X recebimento, que gerou até o momento um débito de R$ 51 milhões com fornecedores e terceiros. Tanto é verdade, que, em março de 2018, foi feito um novo aporte de recursos para tentar o equilíbrio financeiro.

 

A Associação Beneficente de Canoas, que gerencia o Hospital Nossa senhora das Graças, a Prefeitura de Canoas e a Secretaria Estadual de Saúde ainda não se manifestaram.

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