No último domingo (17), foi o Dia Mundial da Prematuridade, data que assinala dados como, um em cada 10 bebês nasce prematuro. Neste período, é desenvolvido o movimento Novembro Roxo, onde o mês de novembro é destinado à promoção de ações que chamem a atenção para o assunto.
O que é prematuridade?
Neste ano, o tema central da campanha do Novembro Roxo estimula a doação de leite materno, tendo em vista que este pode salvar vidas.
Segundo Cledinara, a cada 30 segundos um bebê morre em consequência do nascimento antecipado. A média mundial de nascimentos de prematuros é de 10%. No Brasil, segundo o inquérito nacional sobre partos e nascimentos, feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a taxa de prematuridade é de 12%, quase duas vezes superior à observada nos países europeu.
Os estados com maior prevalência de prematuridade são Minas Gerais, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Os mineiros lideram o ranking de nascimentos com 12,9% e são seguidos por São Paulo e Distrito Federal, que dividem o segundo lugar com um percentual de 12,6% de nascidos prematuros.
“Na nossa região, os bebês de baixo peso a taxa oscila em torno de 11,5%, sendo que os bebês de muito baixo peso, isto é abaixo de 1500g a taxa é de 2%”, explica a médica.
Cledinara destaca que o parto prematuro é a principal causa de mortalidade infantil antes dos cinco anos de idade. E o Brasil é o 10° país no ranking de prematuridade. “Com informação e sensibilização, podemos mudar esse cenário”, ressalta. Conforme a especialista, essa data é celebrada com o intuito de lembrar do prematuro, aumentar a visibilidade sobre o assunto, e, acima de tudo, pensar em estratégias para diminuir a taxa de prematuridade.
Evidenciar a importância da assistência médica adequada aos bebês e a prevenção do parto prematuro quando possível, a partir de um pré-natal completo, maior atenção as UTIs Neonatais. “A experiência da prematuridade para os pais e familiares é uma montanha-russa de emoções. Há muita luta até que seu pequeno esteja em casa, finalmente nos braços de seus pais”, complementa a profissional.
Cledinara comenta que a verdade é que, todos os dias, nas UTIs neonatais mundo afora, a saúde insiste em vencer a doença e a vida insiste em vencer a morte. “Porque os bebês prematuros são a maior prova de que milagres acontecem, e bem diante dos nossos olhos. Para tais ações, é necessário o tratamento com uma equipe multidisciplinar, composta de médicos pediatras, nutricionista, assistente social, psicóloga, oftalmologista e fisioterapeuta”.
