Saúde

Estado de SP investiga se outras quatro mortes foram causadas por coronavírus

Homem de 62 anos foi a primeira vítima do Brasil. Nesta manhã, havia 301 casos no país do novo vírus confirmados pelas secretarias estaduais de Saúde

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17/03/2020 - 14h11min Corrigir

O governo de São Paulo registrou a primeira morte por coronavírus no Brasil na manhã desta terça-feira (17) e investiga se outras quatro mortes também foram provocadas pela doença. Todas as vítimas, inclusive o morto por coronavírus, estavam internados na mesma rede hospitalar, no entanto, não foi informado se estavam na mesma unidade.

“Infelizmente o ocorrido foi o primeiro óbito aqui. Um homem morador de São Paulo internado num hospital privado e o diagnóstico de coronavírus foi feito também por um laboratório privado. Ele veio a óbito ontem 16h03 e não tem histórico. Fomos informados oficialmente hoje às 10h. Existem quatro outros óbitos neste mesmo serviço particular que estão sendo investigados. Assim que tivermos informações sendo ou não coronavírus vamos informá-los”, afirmou o infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contigência de combate ao coronavírus.

Segundo o infectologista, a vítima teve os sintomas no dia 10 de março, sendo internada quatro dias depois, dia 14, e morreu nesta segunda-feira (16). Como a doença no paciente foi constatada somente na noite desta segunda, provavelmente, o caso não foi contabilizado no balanço oficial.

"Provavelmente, não está na contagem. Outra coisa que eu quero dizer para vocês, corre, que não há transparência nos dados quantitativos, isso não é verdade, nós estamos informando absolutamente tudo o que acontece? Muitas vezes o laboratório que está fazendo o exame tem positivo então tem um sistema, na hora que tem positivo ele comunica as instâncias superiores até que acaba em um relatório do estado que vai dar no Ministério. Então, acaba o diagnóstico e o dado da vigilância epidemiológica, tem um tempo até isso. Este caso especifica muito. Nós fomos informados hoje oficialmente e o diagnóstico, segundo a informação que nós recebemos, ocorreu ontem à noite não deve constar no número de casos do estado”.

 Ele tinha histórico de diabetes e hipertensão, além de hiperplasia prostática — um aumento benigno da próstata que não é uma doença, mas uma condição comum em homens mais velhos que pode causar infecções urinárias. O homem não tinha histórico de viagem e teve transmissão comunitária.

"Infelizmente, os óbitos são esperados do ponto de vista de postura, mas temos que trabalhar, foi uma evolução rápida, da internação ao óbito", declarou Uip. Ele disse que vai sugerir ao governo federal a mudança do tempo de quarentena de 14 para 10 dias. “O caso desse paciente está fazendo a gente entender como se comporta a doença. Nós imaginávamos que o período de encubação da doença era de até 14 dias, mas a média está sendo de 6 a 8 dias até a doença se manifestar. Vamos inclusive sugerir ao Ministério da Saúde que diminua o tempo de quarentena de até 14 dias para dez.”

"Temos que repensar cada vez mais as medidas de prevenção, principalmente por se tratar de um óbito comunitário", afirmou José Henrique Germann, secretário estadual da Saúde.

O coordenador do Centro de Contingência disse o grupo de combate ao coronavírus estuda a possibilidade de aumentar o número de testes "entendemos que é adequado ampliar o centro de diagnóstico, avaliar esta possibilidade."

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