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Comerciantes realizam protesto contra fechamento do comércio em Camaquã

Insatisfação com o permanecimento do município na bandeira vermelha do Distanciamento Controlado motivou os empresários

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23/06/2020 - 11h52min Corrigir

Insatisfeitos com a decisão do governador do Estado, Eduardo Leite, de manter a macrorregião de Porto Alegre na bandeira vermelha nesta sétima rodada do modelo de Decreto do Distanciamento Controlado, os comerciantes de Camaquã realizam protestos durante a manhã desta terça-feira (23), primeiro dia em que o decreto passou a vigorar. 

Em vários pontos do centro da cidade, a equipe de reportagem do portal de notícias Blog do Juares (BJ) registrou estabelecimentos com faixas e cartazes nas portas com frases escritas “Queremos nossas UTIS”, “Todo comércio que põe pão na mesa de alguém é essencial”, “O comércio salva vidas” ou “A culpa não é do comércio”. Em lojas de roupas, manequins despidos foram colocados nas vitrines e em restaurantes, os proprietários puseram mesas nas calçadas também como forma de demonstrar contrariedade ao decreto. 

Os comerciantes ouvidos pela reportagem do BJ alegam que o setor é o mais prejudicado com essa determinação, já que aqueles que não são considerados essenciais devem reduzir sua capacidade ou suspenderem suas atividades. Todavia, os empresários salientam que o comércio não é culpado pelo aumento no número de casos e hospitalizações pela covid-19 na região. Muitos apontam a irresponsabilidade da população em não cumprir com o distanciamento social e promover constantes aglomerações é a principal responsável por essa aceleração do contágio da covid-19.  

Na noite de ontem, logo após o anúncio de Leite, os proprietários de comércios locais já estavam organizando manifestações para esta manhã em grupos do WhatsApp. Uma das principais reinvindicações é pela instalação das UTIs no Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA), o que desafogaria o socorro da capital e região.  

De acordo com o pronunciamento do secretário da Saúde, Fabiano Martins, na tarde de ontem, a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, alegou ao Executivo que a demora para que os leitos comecem a operar no município vem da falta de aquisição dos equipamentos que, ainda conforme a secretária, estão com os preços muito altos neste momento, em duas tentativas de licitação que já foram feitas sem sucesso.  

Os proprietários de comércio também alegam que estão com os caixas em declínio, tendo de fazer contenção de gastos e dispensar colaboradores constantemente para poder manter o funcionamento. Porém, alguns disseram que correm o risco de terem de fechar as portas em um futuro muito próximo devido à crise causada pela pandemia.

Entenda:

O governador Eduardo Leite anunciou, na tarde dessa segunda-feira (22), que Camaquã permanecerá na bandeira vermelha na sétima rodada do Distanciamento Controlado, que entra em vigor a partir desta terça-feira (23), por fazer parte da Macrorregião Metropolitana de Porto Alegre na divisão do Estado no modelo.

Mesmo com os recursos apresentados em reunião na tarde de ontem com a secretária da Saúde, Arita Bergmann, onde os prefeitos do Consórcio Intermunicipal Centro-Sul propuseram a criação de uma microrregião da Costa Doce dentro do modelo do Distanciamento Controlado, que compreenderia nos municípios a partir de Barra do Ribeiro até Cristal, o chefe do Executivo estadual seguiu firme em sua decisão. Leite se baseou nos dados da incidência da covid-19 na macrorregião de Porto Alegre e também no número de internações em leitos de UTI nos hospitais da capital para manter as cinco regiões na bandeira com risco alto de contágio pelo coronavírus. O governador apenas reconsiderou o agrupamento de Palmeira das Missões, colocando a região novamente na bandeira laranja.

No entanto, Leite abriu exceção para municípios do agrupamento de Porto Alegre que não registraram óbitos e nem internações por covid-19 nos últimos 14 dias. Com isso, as prefeituras de 37 municípios poderão seguir com os protocolos da bandeira laranja, com restrições menos severas no funcionamento do comércio em geral. Este não é o caso de Camaquã, que registrou duas mortes por conta da doença nos dias 14 e 17 de junho, além de um paciente internado na alta complexidade de Rio Grande há menos de uma semana.

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