A Conmebol anunciou na tarde deste domingo (25) a suspensão do segundo jogo da final da Libertadores da América entre River Plate e Boca Juniors. A nova data para a realização da partida ainda não está definida.
Em um pronunciamento, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, justificou a decisão por não haver condições de igualdade entre os dois clubes para a realização do jogo. "Não há condições de igualdade para a partida ser realizada hoje. Temos de dar condições para ambos os clubes se recuperarem. Vamos nos reunir com os presidentes dos dois clubes para decidir quando vai ser jogada a partida", disse Domínguez.
Inicialmente marcada para o sábado, a partida foi adiada para este domingo após o ônibus do Boca Juniors ser atacado por torcedores do River Plate na chegada da delegação ao Monumental de Núñez. Alguns jogadores xeneizes ficaram feridos por estilhaços dos vidros do coletivo e também pelo gás de pimenta usado pela polícia para dispersar os torcedores.
O caso mais grave ocorreu com o meio-campista Pablo Pérez. O capitão do Boca sofreu ferimentos no olho esquerdo e não tinha condições de disputar a partida neste final de semana.
No começo da tarde deste domingo, o Boca emitiu um comunicado solicitando a suspensão da partida em razão dos incidentes. Além disso, o clube pediu uma punição ao River Plate e que a Conmebol aplique o artigo 18 do regulamento da Libertadores, que diz que o mandante é o responsável pela segurança dentro e nas imediações do estádio. Nesse artigo, a punição pode levar a eliminação da competição, algo que aconteceu com o próprio Boca em 2015 no caso do gás de pimenta atirado por torcedores contra jogadores do River na Bombonera.
No seu pronunciamento, o Alejandro Domínguez, não mencionou o pedido do Boca de aplicação do artigo 18. O dirigentes apenas sustentou que marcará uma reunião com os presidentes Rodolfo D'Onofrio, do River, e Daniel Angelici, do Boca, na sede da Conmebol, no Paraguai, para marcar a nova data da partida.
— CONMEBOL.com (@CONMEBOL) 25 de novembro de 2018