A Prefeitura de Camaquã protocolou na Câmara de Vereadores um ofício solicitando que o Legislativo abra um Processo Disciplinar contra o vereador Mano Martins (MDB). O documento é assinado pelo prefeito Ivo de Lima Ferreira (PSDB). A informação foi obtida pelo site Centro-Sul Notícias, portal parceiro do Blog do Juares.
Segundo os documentos obtidos pela reportagem, o vereador buscava dados sobre o veículo que realiza o transporte dos atendidos pelo Serviço de Acolhimento para Criança e Adolescente (Saica) e da Casa Lar que frequentam a APAE, através do Pedido de Informação nº 88. No entanto, em resposta enviada pelo Executivo, as planilhas de bordo do veículo não estavam completas, fato que motivou o vereador a buscar os dados junto a Secretaria Especial da Mulher, Trabalho e Desenvolvimento Social na última semana.
Conforme dados apurados, três servidores da secretaria realizaram Boletim de Ocorrência na Polícia Civil contra o vereador, incluindo o vice-prefeito, Jair Martins.
Uma servidora acusa o vereador de gritar, bater com a mão na mesa e se exaltar ao pedir as informações, bem como ameaçar fazer um Boletim de Ocorrência por não obter os dados. Outro servidor acusa o vereador por perturbação da tranquilidade, pois teria tirado fotos da Kombi que ele dirigia e solicitado ver sua CNH.
Já o Boletim de Ocorrência realizado pelo vice-prefeito, afirma que durante as visitas à secretaria, Mano Martins teria sido “acintoso, agindo de maneira a tumultuar os serviços e intimidar os servidores” e que o parlamentar havia dito que os servidores “estavam fazendo coisas erradas dentro da secretaria, ameaçando fazer uma ocorrência policial”.
Em entrevista ao site Centro-Sul Notícias, Mano afirma ter provas que o inocentam das acusações e que serão apresentadas em sua defesa durante a apuração da denúncia. Segundo o vereador “pleitear direitos na justiça ou registrar ocorrência policial não são ameaças e sim, um direito de todo o cidadão”.onforme o Código de Ética, a denúncia será apurada pelos vereadores. Entre as sanções previstas estão desde advertência, destituição de cargo na Mesa ou em Comissões, suspensão temporária por 60 dias e até a perda de mandato.