Esportes

Ônibus e trens da Capital vão transmitir vídeo de campanha da Polícia Civil contra o preconceito nos estádios de futebol

Campanha lançada no ultimo dia 14 é uma iniciativa da Polícia Civil com a Federação Gaúcha de Futebol, o Ministério Público do Estado e a Ordem dos Advogados do Brasil

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22/01/2020 - 14h38min Polícia Civil RS Corrigir

Setecentas telas espalhadas em transportes e terminais públicos da Capital vão transmitir, nos próximos 60 dias, o vídeo da Campanha Contra o Preconceito nos Estádios – Juntos Contra o Preconceito. A campanha, lançada no ultimo dia 14, é uma iniciativa da Polícia Civil com a Federação Gaúcha de Futebol, o Ministério Público do Estado e a Ordem dos Advogados do Brasil/RS, e tem como objetivo coibir o preconceito nos estádios de futebol do Estado.

Entre os locais que passam a exibir a campanha, estão o Catamarã, a Trensurb e os ônibus da Carris, terminais por onde circulam, diariamente, cerca de 9 mil pessoas. O vídeo tem 15 segundos e esclarece que negar, impedir, interromper, restringir, constranger ou dificultar, por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem, o gozo ou um exercício de direito é crime.


Para a estudante do 1ª ano do Ensino Médio, Franciele Fátima Martins, de 17 anos, que utiliza o transporte público todo dia, a campanha vem em boa hora. “Precisamos de iniciativas assim, que expliquem que é preciso respeitar a todos e que não tem problema as pessoas agirem ou se comportarem de forma diferente da sua”, reflete a jovem. Sobre a violência nos estádios, lembra quando precisou usar a camiseta do Grêmio, mesmo sendo torcedora do time rival, para ficar na mesma torcida do namorado gremista, sem arranjar confusão. “Essa violência entre torcidas precisa ter fim”, defende.


A Chefe de Polícia, delegada Nadine Tagliari Farias Anflor, endossa o desejo da jovem de ver a violência longe dos estádios de futebol. “Nossa campanha não é voltada só para quem pratica a violência ativamente, mas também para aqueles que, por receio ou indiferença, ficam impassíveis frente a um fato criminoso”, afirma a delegada. “É preciso denunciar, enfrentar o medo e procurar a Polícia Civil. Não se pode mais fazer vista grossa”, conclui.

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