Política

Javier Milei pode cortar relações com o Brasil e China?

Presidente da Câmara de comércio brasileira feminina dos países da Ásia Oriental explica que a decisão não é simples

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30/11/2023 - 10h39min MF Press Global Corrigir

Após o período eleitoral, em que os discursos de Javier Milei buscavam conquistar seu eleitorado com a radicalização política, o presidente eleito parece adotar uma abordagem mais amena diante da realidade pós-eleição. Agora a política da extrema-direita tem em mãos o dilema de lidar com a crise na Argentina, incluindo manter relações com países estratégicos.

Durante a campanha, visando votos da direita radical, Milei criticou países como China e Brasil, chamando e julgando erroneamente como países comunistas. Mas agora, após a vitória no segundo turno, ele e sua futura ministra de Relações Exteriores, Diana Mondino, parecem suavizar suas posturas. Ao representar uma direita mais extremista, Milei passa a defender a liberalização comercial independentemente do país, mostrando uma abordagem menos distinta em termos econômicos.

O presidente criticou duramente o Brasil e a China, sinalizando que se afastaria de ambos. Mas de acordo com Patricia Liu, Presidente da Câmara de comércio brasileira feminina dos países da Ásia Oriental, em 2023, Brasil e Argentina celebram 200 anos de relações diplomáticas, sendo o Brasil o principal cliente e segundo maior fornecedor da Argentina. Cortar relações entre os países seria uma péssima escolha, e pouco provável.

No caso da China, Patrícia explica que é relevante mencionar que, segundo estudo do Conselho Empresarial Brasil China (CEBC), o país fez investimentos de US$ 1,34 bilhão na Argentina em 2022, superando os US$ 1,30 bilhão no Brasil. Além disso, a Argentina foi o primeiro país da América Latina a integrar a "Nova Rota da Seda", projeto desenvolvimentista chinês, que ainda apoiará a entrada da Argentina no bloco econômico Brics a partir do ano que vem.

Ainda, é crucial ressaltar o peso das recentes iniciativas chinesas para viabilizar o pagamento da dívida argentina junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), “Em outubro, a China ratificou a ampliação de um acordo de swap no valor de 47 bilhões de yuans (cerca de US$ 6,5 bilhões). O presidente chinês Xi Jinping ainda declarou seu apreço pelo desenvolvimento das relações China-Argentina e expressou disposição para colaborar com Milei em benefício mútuo, promovendo o crescimento sólido e sustentável das relações bilaterais”, destaca Liu.

Após a carta de Xi Jinping, Milei agradeceu as felicitações e votos, voltando atrás e reconhecendo a importância da ajuda chinesa para a Argentina.

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