O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva “Lula”, recebe o presidente da França, Emmanuel Macron, para uma série de agendas ambientais, políticas e estratégicas nesta semana. A viagem deve intensificar a cooperação entre Brasil e França e estreitar os acordos comerciais entre os países.
A autoridade francesa manterá agenda em Belém/PA, nesta terça-feira (26), depois na quarta-feira (27), pela manhã em Itaguaí/RJ, e pela tarde em São Paulo/SP. A visita acaba em Brasília/DF na quinta-feira (28).
Na primeira parada, Lula recepciona o presidente francês ao Brasil e ambos seguem para a Ilha do Combu, onde vão visitar comunidades locais e encontrar líderes indígenas. Os presidentes vão discutir o bioma amazônico, tema de interesse entre os dois países - a Guiana Francesa, departamento ultramarino da França, possui cerca de 1,4% da floresta em seu território. A agenda é centrada na preservação ambiental e na agenda climática, no desenvolvimento econômico local, na promoção do comércio e da integração das áreas fronteiriças e nas comunidades indígenas.
“Líderes da comunidade (de diferentes etnias inclusive) estarão lá para ter uma conversa franca, aberta com os dois presidentes sobre os seus desafios e as questões que eles enfrentam e como, tanto a França como o Brasil podem ajudá-los a ter uma vida melhor", explicou a embaixadora Maria Luisa Escorel, secretária de Europa e América do Norte do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Os mandatários vão também discutir acordos entre os países. O principal é sobre a troca (e proteção) mútua de informação e cooperação.
Outro ponto é o protocolo de intenções de investimento da ordem de R$ 100 milhões de reais entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco da Amazônia e a AFD, que é a Agência Francesa de Desenvolvimento.
O Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica é outro destaque nas negociações. "Esse centro, digamos, existe, mas não existe um prédio, não é um edifício. Inicialmente se pensou em criar um prédio edifício, mas isso não prosperou. A ideia agora é retomar esse trabalho sem a necessidade de ganhar o prédio, mas fazendo essas pesquisas, por exemplo, lançando editais e com assuntos de interesse mútuo em que pesquisadores e cientistas dos dois lados possam continuar trabalhando conjuntamente para resultados concretos e construtivos para os dois países", disse a embaixadora.
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