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Pedro Bugs - A vida sobre a tela

Pedro Bugs - A vida sobre a tela

Pedro Bugs é um estudante de jornalismo que trabalha como redator e repórter do Grupo Blog do Juares de Comunicações. A coluna “A vida sobre a tela” faz um paralelo entre obras cinematográficas e a vida real.

A vida sobre a tela: Passageiros

13/04/2024 - 14h10min Pedro Bugs / Reprodução

O filme que envolve ficção científica, romance e drama e é dirigido por Morten Tyldum e interpretado pelos astros de Hollywood Chris Pratt e Jennifer Lawrence, conta com uma premissa importante, a ideia do fim justificar o meio. A trama se passa em um futuro onde a ciência já desenvolveu o controle interplanetário sobre a vida, ou pelo menos deveria.

Filme está disponível na Amazon Prime e Netflix.

Uma vida diferente, em um universo diferente e com ideais diferentes das quais conhecemos, essa é a regra do filme. Protagonizado pelo conhecido ator de Guardiões da Galáxia, Jim Preston acorda de uma espécie de coma induzido em uma nave que viaja pela galáxia em busca de uma nova casa. Animado com a ideia do novo, o personagem começa a vasculhar o transporte, mas nota algo diferente, somente ele estava de pé. Após questionar a alta tecnologia, é informado que ocorreu um erro em seu criogenia, e que ainda falta quase 100 anos para o restante dos passageiros acordarem.

A partir desse momento Jim passa a viver em uma nave de recursos inimagináveis, mas sozinho. Após um ano em solidão e sem perspectiva, ele começa a questionar a moralidade de acordar outro passageiro. Isso pode ser levado para fora das telas, quando tomamos decisão para o bem próprio, sem ver as consequências na vida do outro. O personagem decide então acordar Aurora.

A encantadora jovem também questiona o sentido de ter acordado antes, mas ele não consegue revelar a verdade e afirma erro da tecnologia. Os dois vivem durante um grande período somente existindo, sem se preocupar com nada. Nesse momento um romance é engatado, porém, atrás de uma mentira.

Com o passar do tempo e com o conhecimento sobre as tecnologias, a mulher pergunta a um robô o motivo da falha em sua máquina. Ele então afirma que não houve erro, e que foi uma decisão do homem, que era engenheiro na terra. Furiosa, os laços são quebrados e os dois passam a viver em exílio.

Seria os motivos dele válidos? Ou ele apenas condenou a morte? Em um primeiro momento parece total hipocrisia, mas se colocando no lugar de Jim, alguém aguentaria viver uma vida em solidão quando um simples toque em botão mudasse isso? É uma decisão difícil e um questionamento com embasamento.

Após algum tempo, a nave começa a apresentar defeitos e um capitão é automaticamente acordado. Ele afirma que tudo pode ser destruído. A partir deste momento. Jim e Aurora começam a trabalhar juntos novamente para o bem da humanidade. Depois de vários desafios, incluindo a morte do capitão, ambos conseguem consertar os problemas críticos do veículo interplanetário.

Aurora salva a vida de Jim, eles se reconhecem e vivem o restante das suas vidas sozinhos na nave.

Crítica:

Um filme de ficção que cria uma conexão com os personagens de forma natural, devido a uma difícil escolha. O elenco tem boa sintonia, mesmo com algumas cenas pedantes, a película consegue atrair os olhos do público.

Edição 5 - Arte: Nickolas Padilha

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