O Residencial Terapêutico de Butiá é uma instituição criada pela Administração Municipal, diretamente ligado à Secretaria Municipal de Assistência Social, com o objetivo de abrigar pessoas em vulnerabilidade social e que não dispõem de um lar para acolhimento. Neste local, residem pessoas de diferentes faixas etárias e, com elas, são desenvolvidas várias atividades ocupacionais. E isso ocorre por meio de uma parceria com os técnicos municipais da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), que se dispôs iniciar um trabalho no local com o cultivo de plantas medicinais.
“O método se baseia em um processo de sensibilização e planejamento, o que possibilitou aos envolvidos um despertar interessante a respeito do conhecimento das plantas, suas propriedades e sua atuação junto ao nosso corpo”, explica a extensionista rural social da Emater/RS-Ascar, Denise Marques. Ela complementa informando que a intenção é envolver todos os moradores nos diferentes processos, com um objetivo final do local se tornar um ponto de visitação, servindo como referência para que outras iniciativas surjam junto à comunidade, além de elevar a autoestima dos moradores do Residencial, que lhes dará uma maior integração social, visto a repercussão que se espera alcançar com a implantação dessa metodologia.
“A ideia inovadora ao sistema, será incluir, na placa de identificação das espécies, os nomes dos moradores responsáveis pela sua manutenção”, ressalta Denise, ao avaliar que dessa forma poderão sentir-se responsáveis por cada planta e seu desenvolvimento, a ponto de acompanharem as visitações, tendo a oportunidade de explicar aos visitantes um pouco sobre cada uma delas, enfatizando suas propriedades e benefícios à saúde. O projeto ainda está em fase de planejamento. Sua implantação está prevista para esse ano. A extensionista da Emater/RS-Ascar explica ver com essas atividades uma oportunidade de inclusão social dessas pessoas. “Teoricamente, eles podem sentir-se colocados à margem da sociedade, e nós podemos passar a eles o conhecimento, forma legítima de empoderamento”, ressaltou Denise.
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