Em reunião com a Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) na manhã desta terça-feira (1º), o governo do Estado apresentou o novo calendário para o retorno das aulas presenciais no Rio Grande do Sul. O Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) também estão presentes no encontro, que ainda está acontecendo neste momento.
A ideia é voltar com as atividades escolares de maneira escalonada a partir da próxima semana e encerrando o processo em novembro. As etapas começariam pela Educação Infantil em 8 de setembro, passando pelo Ensino Médio e Ensino Superior, em 21 de setembro (no entanto, a rede estadual retorna apenas em 13 de outubro), e o Ensino Fundamental, entre 28 de outubro (anos finais) e 12 de novembro (anos iniciais).
A decisão, no entanto, caberá aos municípios. As primeiras datas para o retorno gradual apresentadas pelo Estado foram rejeitada por 94,6% dos gestores municipais. Na ocasião, a volta às aulas presenciais ocorreria a partir dessa segunda-feira (31). Por conta da ampla rejeição, o governo do Estado decidiu construir um cronograma, prevendo um adiamento de até 15 dias do plano inicial.
O governo destaca que o retorno não será obrigatório e que a retomada das atividades escolares de forma presencial só será permitida para regiões com bandeira amarela ou laranja no modelo de Distanciamento Controlado, sem a possibiliade de adotar a gestão compartilhada. Nesta rodada, o Estado conta com 17 regiões em bandeira laranja e apenas quatro em bandeira vermelha - o que representaria 91,9% do território gaúcho voltando às aulas presenciais se a retomada fosse já nesta semana.
As propostas do governo também têm sido criticadas pelos principais sindicatos de professores das redes pública e particular. Essas entidades consideram arriscada a retomada das aulas enquanto não houver uma queda significativa no índice de mortes pela covid-19 no Estado.
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*Matéria atualizada para acréscimo de informações