O julgamento de Maicon Rodrigues Freitas, de 29 anos, acusado de matar a ex-companheira, Luciana Lages Mesquita, de 39, ocorreu nessa terça-feira (14), em Encruzilhada do Sul, e acabou com a condenação do réu a 16 anos e três meses de prisão por homicídio triplamente qualificado com feminicídio, motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima como agravantes. A sentença foi decidida por júri popular na Comarca de Encruzilhada do Sul e deve ser cumprida, primeiramente, em regime fechado.
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O homem estava preso preventivamente e havia confessado o crime. A acusação foi feita pelo promotor Rui Prediger, acompanhado da assistente, advogada Jaísa Magalhães Veiga. Já a defesa ficou por conta da Defensoria Pública.
Luciana foi morta com um tiro na cabeça, na manhã do dia 29 de agosto de 2020, dentro da casa onde ela morava, na localidade de Vila Paraíso I. O casal estava separado há cerca de um mês antes da mulher ser morta e, segundo relatos de pessoas próximas, Maicon não aceitava o fim do relacionamento.
De acordo com a Brigada Militar, a mulher foi morta enquanto dormia. Não foram encontrados sinais de arrombamento na residência quando os policiais militares chegaram no local para atender a ocorrência. Também não havia denúncias de ameaças ou violência doméstica e familiar registradas por Luciana contra o ex. Inclusive, ele não possuía antecedentes criminais e se apresentou na Polícia Civil após cometer o assassinato.
A vítima deixou quatro filhos - um deles, uma menina de seis anos, é fruto da união dela com o acusado. Em frente ao Fórum, durante o julgamento, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Encruzilhada do Sul (Comdimes) estendeu uma faixa com a frase: “As mulheres de Encruzilhada do Sul querem justiça! #paremdenosmatar”.