Rural

Preparação de animais para a Expointer começa aos primeiros meses de vida

Em média, os animais começam a ser preparados aos quatro meses de idade, a partir do desmame

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31/08/2022 - 13h35min Corrigir

Quem visita os animais na Expointer pode não saber que, para estarem ali e participarem de provas e julgamentos, começam a ser preparados, em média, aos quatro meses de idade, a partir do desmame. Desde a alimentação especial até o banho e a tosa às vésperas do evento. Como é o caso dos bovinos da raça Devon, da Cabanha Santa Lúcia, de André da Rocha. Nesta 45ª edição, o médico veterinário Gilson Barreto Hoffmann, que administra a propriedade, está expondo cinco machos e seis fêmeas. Além desses exemplares, ainda participa com três animais (duas fêmeas e um macho) da Fazenda Tupi, de Nova Prata, de propriedade de sua esposa, Nair Ana, e irmãs; e é responsável por duas fêmeas da Estância da Pedreira, de Dom Pedrito, de Luiz Fernando Cirne Lima.

Hoffmann conta que quando os animais nascem já vão sendo observados. “E um pouco antes do desmame a gente já começa a prepará-los para serem futuros campeões de exposições”, explica. Conforme o proprietário, desde os quatro ou cinco meses de idade já se iniciam os cuidados com a alimentação, entre outros. “Tanto a alimentação do terneiro, quanto a da mãe, para que a produção de leite seja farta para o filhote”.

Nessa edição os animais vão participar do julgamento da raça. “Mas tem alguns que estão inscritos em nome das mulheres da família, como criadoras de Devon, que vão participar de um concurso especial que se chama Troféu Chiripá, uma competição específica para mulheres”, pontua Hoffmann. 

Os 15 animais de argola e um rústico saíram de Nova Prata na quarta-feira passada (24/8), às 9h30, e chegaram ao Parque de Exposições Assis Brasil às 14h30 do mesmo dia. Um dos cabanheiros da Santa Lúcia e da Fazenda Tupi, Luciano Nunes, que trabalha há 14 anos nas propriedades, contou que eles têm idade entre dois meses (veio acompanhando a mãe) até três anos.

Nunes faz parte da equipe que seleciona os animais que vão participar de exposições. “A gente escolhe o terneiro no campo, leva para a cabanha (galpão). A partir de dois, três meses, começamos a tratar e preparar”, explica. “A gente amansa com o cabresto pra eles aprenderem a caminhar e a parar. Começamos a dar banho, a tosar, para o preparo do pelo. Desde pequeno. Quando eles têm na base dos 12, 13 meses já vêm pra exposição”.

Preparação especial para o julgamento

Animais começam a ser preparados na propriedade  Foto Fernando Dias SeapdrAnimais começam a ser preparados na propriedade dias antes da Expointer. Foto: Fernando Dias/Seapdr

Quanto ao preparo dos animais, a véspera da viagem (23/8) foi o dia de banhá-los e soprá-los (secá-los com soprador). “Quem preparou os nossos animais em casa foram os nossos colaboradores, e a finalização do preparo acontece na Expointer pelo centro de preparação de reprodutores para exposições uruguaio El Ceibo”, esclarece  Hoffmann.

“Fazemos todo o trabalho de corte, tosa e preparação do pelo e levamos os animais de argola até a pista de julgamentos. Somos uma equipe interdisciplinar e atuamos em assessoria genética e preparação de reprodutores em exposições do Uruguai e do Brasil há mais de 25 anos. Oferecemos cursos e damos palestras no Chile também”, conta um dos proprietários da empresa, Juan Andrés Borrazás.

De acordo com ele, o serviço completo, desde a preparação e a apresentação dos animais na pista no dia do julgamento dura cerca de 45 minutos por animal. “E o julgamento em média leva 15 minutos por categoria”, diz Borrazás.

WhatsApp Image 2022 08 30 at 16 41 31Animais são tosados dias antes do julgamento. Foto: Fernando Dias/Seapdr

Ele e o sócio Rafael Burutaran chegaram à Expointer na segunda-feira (29/8) e já iniciaram os cuidados com o pelo dos exemplares. E, nesta quarta-feira (31/8), deram os retoques finais para a apresentação em pista. “Eles são secados, penteados com produtos especiais para as patas e se arma o pelo com fixador”, pontua Borrazás. “Por fim, uma brilhantina dá o toque final de glamour. Essa preparação é para mostrar a parte muscular do animal, para que ele seja melhor visto pelos jurados. Para ter mais efeito visual”.

É a primeira vez que El Ceibo participa da Expointer. “Estamos vendo que é uma feira muito importante e que está profissionalizando o trabalho de preparação dos animais que têm pelos e a parte de assessoria genética”, afirma o uruguaio.

WhatsApp Image 2022 08 31 at 09 14 09Animais são preparados perto da hora do julgamento. Foto: Fernando Dias/Seapdr

Ele diz que, o ponto final do seu trabalho é a pista, mas existe um processo que vai desde a nutrição dos animais até a seleção genética deles. “É necessário um trabalho prévio na cabanha para se chegar à pista de julgamentos”, explica.

“A gente atua com os animais desde pequenos, cuidamos da alimentação, da doma, até chegar a um estado corporal ótimo para o julgamento.  São alimentos balanceados, proteínas, energia. Muito feno e pasto, alfafa, trigo, silagem de milho para complementar a alimentação”, pontua o empresário.

Para realizar esse trabalho integrado, eles vêm cinco vezes por ano à Cabanha Santa Lúcia. “Organizamos todo o processo de seleção dos animais que vão competir. É um serviço integral, desde a preparação alimentícia e nutricional até a parte estética para a pista”, reafirma.

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