Desde a antiguidade o homem desmata indiscriminadamente a terra, a fim de cultivá-la para produzir seu próprio alimento, expondo, assim, o solo a ação das chuvas e dos ventos. O contínuo desgaste no solo resulta na perda da camada rica deste solo provocando prejuízos incalculáveis. Dados revelam que a natureza demora de 1400 a 7000 mil anos para formar uma camada de 20 cm de solo e a erosão a destrói em poucos anos.
A avaliação dos efeitos dos agentes erosivos dinâmicos sobre o solo é variável em função do tipo de solo, comprimento e grau do declive, cobertura e manejo do solo, intensidade e duração dos agentes erosivos (potencial erosivo das chuvas ou erosividade). Segundo o extensionista da Emater/RS-Ascar em Chuvisca, Floriano Peixoto de Freitas, o conhecimento deste potencial em cada localidade ou região e, principalmente sua distribuição ao longo do ano, são instrumentos valiosos para o planejamento conservacionista de uso do solo agrícola. “Podemos assim determinar quais regiões apresentam maior erosividade e para cada região quais os meses nos quais ocorrem as chuvas mais erosivas, desta forma é possível a recomendação de práticas de manejo de solo que resultem em menor risco potencial de perda de solo por erosão hídrica”, ressalta.
O escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Chuvisca está sempre a disposição do agricultor para, através das variadas práticas conservacionistas, obter uma correta e adequada manutenção e preservação do solo com o objetivo que este produtor alcance uma excelente rentabilidade na produção de suas lavouras e mantenha o solo o mais preservado possível afim, de que sempre possa usufruir para futuras colheitas com um elevado padrão de produção, tanto em qualidade como em produtividade.
Devido ao advento da agricultura moderna e o uso intensivo da mecanização desde o preparo do solo até a colheita o agravamento dos problemas de conservação do solo tem se intensificado muito, o que contradiz com o objetivo da preservação dos recursos naturais renováveis (solo, água, flora, fauna) na utilização de técnicas isoladas ou consorciadas no cultivo da terra.
A conservação do solo inclui o uso racional do solo em princípios conservacionistas usando o solo conforme seu potencial (sua aptidão de produzir) e suas necessidades de melhoria e proteção. Devendo esse ser o caminho da agricultura e da humanidade.
A erosão é um processo em que materiais terrosos e rochosos são desagregados, decompostos e removidos de alguma parte da superfície terrestre. Existem dois tipos de erosão, a geológica e a acelerada. A erosão geológica ou natural ocorre sob a condição natural, sem a interferência do homem. Processo menos intensivo de erosão. A erosão acelerada acontece sob as condições de interferência do homem. Processo mais intenso de erosão.
FATORES QUE INFLUENCIAM A EROSÃO
Dentre os agentes que contribuem para a erosão estão a água, o vento e a temperatura.
-As chuvas são um dos fatores climáticos mais importante na erosão do solo.
-Topografia do terreno: a declividade do terreno influência tanto na velocidade como no volume de água da enxurrada.
Cobertura Vegetal: a cobertura vegetal protege o solo da erosão por apresentar os seguintes benefícios:
-Proteção direta contra o impacto das gotas de chuva; dispersão da água; decomposição das raízes das plantas que formando canículos no solo aumentam a infiltração da água; aumento da capacidade de retenção da água no solo; diminuição da velocidade de escoamento da enxurrada e controle da erosão eólica.
NATUREZA DO SOLO
A composição física do solo exerce diferentes influências na erosão. Solos arenosos estão mais sujeitos a erosão, embora sejam permeáveis, mas normalmente estão muito soltos em sua estrutura, favorecendo o trabalho das águas. Já solos bem estruturados com maior volume de macro poros e permeabilidade rápida, facilita a penetração da água e sua retenção, reduzindo, assim, o escoamento superficial e, com isso, o processo erosivo.
PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS
Estas constituem um conjunto de operações realizadas com o objetivo de conservar o solo, principalmente através do controle da erosão. São elas:
- Controle de queimadas; aproveitamento de resíduos culturais; cobertura morta;
- Adubação orgânica; rotação de culturas; plantio direto; subsolagem;
- Correção da acidez e fertilidade;
- Pastagens; reflorestamento; distribuição dos cultivos de acordo com a capacidade do solo; cultivos em faixas; cultivo em contorno; curvas de nível e muitas outras.
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