Um caso que abalou Pelotas, no Sul do Rio Grande do Sul, há pouco mais de dois anos, ganhou um ponto final nessa terça-feira (1). O julgamento da morte do pequeno Bernardo Araújo Pinto, de 1 ano e dois meses, durou cerca de 7 horas e resultou na condenação do padrasto da criança, Diego Ávila da Silva, a 43 anos de prisão.
O crime ocorreu no dia 1 de março de 2019, em um condomínio no Arco Íris, bairro Três Vendas, zona norte da cidade. Bernardo teve traumatismo craniano após ser espancado e estuprado pelo homem. Ele chegou a ser levado ao Pronto-Socorro do município, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos.
O caso foi investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O suspeito foi preso em flagrante no mesmo dia e enquadrado no crime de homicídio duplamente qualificado – motivo fútil e meio cruel – e majorado por ter sido praticado contra menor de idade.
A mãe do menino não estava em casa quando tudo aconteceu, mas acabou sendo indiciada por homicídio qualificado, por ser considerada responsável pela integridade do filho e ter se omitido. No entanto, a denúncia foi retirada, posteriormente, pelo Ministério Público.
Conforme matérias do G1 RS sobre o caso na época, Diego alegou que o enteado havia se engasgado e que ao tentar levá-lo para a rua, em busca de socorro, o bebê escorregou. Testemunhas que prestaram depoimento afirmaram que o suspeito falava abertamente que não gostava da criança.
O homem, de 33 anos, deve seguir preso no Presídio Regional de Pelotas, onde já estava detido, aguardando julgamento.