Quatro pessoas foram condenadas, nessa segunda-feira (20), pelo sequestro-relâmpago de uma professora em Vacaria, na Serra do Rio Grande do Sul, ocorrido em setembro do ano passado. Três mulheres foram setenciadas também por roubo. As penas são de 15 anos e seis meses de prisão para a mentora intelectual do crime, 13 anos e quatro meses de reclusão para as outras duas rés e cinco anos e quatro meses de reclusão em regime semiaberto para o homem que , segundo a decisão, seguia as ordens das comparsas.
“A condenação dos envolvidos é muito acertada e, por isso, o Ministério Público fica bastante satisfeito com o desfecho desse caso. Eu já entrei com um recurso de Embargos de Declaração, para esclarecer uma situação acerca da pena, pois há espaço para aumento da mesma, que é o que irei pleitear”, afirmou o promotor de Justiça Rodolfo Grezzana, que atuou no caso.
O crime ocorreu em 14 de setembro de 2022, quando um homem e uma mulher abordaram a vítima, de 45 anos, por volta das 13h30 na saída da escola onde ela trabalhava e a fizeram entrar no carro em que estavam ameaçando-a com um canivete. Em seguida, passaram a rodar com a professora pela cidade. Os denunciados, então, obrigaram que ela fizesse um pix de R$ 1,5 mil para a mandante do sequestro relâmpago. Além de agredirem a vítima no rosto, levaram seu celular e outros pertences.
Durante o sequestro, os criminosos fizeram uma chamada de vídeo com a mandante do crime, que ameaçou a vítima, dizendo que se contasse alguma coisa, amanheceria com a boca cheia de formigas. Por fim, a professora foi deixada em um matagal e posteriormente socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada ao Hospital Nossa Senhora da Oliveira.
A mandante do sequestro, uma mulher de 38 anos, natural da Palestina, foi presa dois dias depois do crime durante ação integrada entre Polícia Civil (PC) e Brigada Militar (BM). O trio que atuou no rapto acabou detido em outra operação conjunta das forças de segurança ocorrida em 23 de setembro.
Uma das presas, de 28 anos, trabalhava como motorista de aplicativo. Ela já tinha passagens por lesão corporal, de acordo com a polícia. A outra criminosa, de 26 anos, era autônoma e possuía ocorrência na delegacia por crime de desobediência. Ambas são naturais de Vacaria. Já o homem, de 22, atuava como auxiliar de serviços gerais e não tinha antecedentes policiais. Os três foram presos preventivamente. A vítima reconheceu os autores do crime.
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