O policial militar aposentado Jeverson Lopes Goulart, acusado de estuprar e assassinar o sobrinho de 12 anos em Porto Alegre, será levado a júri popular. A decisão foi anunciada nessa terça-feira (16). O julgamento será presidido pelo Juiz Thomas Vinícius Schons, do 1º Juizado da 1ª Vara do Júri da Comarca da Capital.
Goulart será julgado por homicídio com dupla qualificação e estupro de vulnerável. A qualificação se deve à ocultação do outro crime, o estupro e a dificuldade da defesa da vítima com o uso de uma arma de fogo. Além disso, a pena terá um acréscimo de 1/3 devido ao crime ter sido praticado contra menor de 14 anos. A defesa pode recorrer da decisão.
De acordo com o juiz, "havendo indícios suficientes de autoria dos crimes de homicídio e estupro de vulnerável, incumbe ao Conselho de Sentença o exame aprofundado das teses de acusação e defesa".
O crime aconteceu entre os dias 29 e 30 de novembro de 2016, quando o policial teria estuprado o sobrinho Andrei Ronaldo Goulart Gonçalves. No dia 30 de novembro, na residência da vítima, o acusado disparou com uma arma de fogo contra o adolescente, atingindo-o na cabeça. Na tentativa de ocultar o crime, o policial induziu que a vítima havia se suicidado.
O crime chegou a ser investigado pela Polícia Civil como suicídio, mas o inquérito foi concluído como acidente. Cátia Goulart, mãe da vítima e irmã do réu, insistia na reabertura das investigações, pois desconfiava da condução do inquérito e das provas colhidas na época. Após insistência da família, quatro anos depois, o caso foi reaberto pelo Ministério Público (MP), que o denunciou por homicídio e, após seis meses, por estupro de vulnerável.
Jeverson alegou para a investigação que estava na casa da irmã há cerca de um mês, em visita à família, mas seria morador do Rio de Janeiro. Ele afirma que dormia na cama de baixo do beliche quando, por volta das 2h, “acordou com o barulho de um disparo de arma de fogo e encontrou a vítima ensanguentada na cama de cima”.
O acusado sustenta que “alertou a todos os moradores sobre a presença da arma e a proibição de pegarem”. Sobre a ausência de digitais, ele disse à Justiça que “lavou as mãos enquanto aguardava a perícia no apartamento, pois foi ao banheiro”.
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