O réu Servo Tomé da Rosa, de 69 anos, acusado pela morte da ex-companheira Heide Juçara Priebe, de 63, foi condenado pelo Tribunal do Júri, em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, nessa quinta-feira (6). A pena ficou em 33 anos, um mês e 20 dias de prisão em regime fechado. O julgamento foi presidido por juíza de Direito Márcia Inês Doebber Wrasse e durou pouco mais de seis horas.
Além de homicídio triplamente qualificado, o homem respondeu pelos crimes de segregação e invasão de domicílio. O crime ocorreu em 8 de julho do ano passado. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP), o acusado não aceitava o fim do relacionamento, encerrado por Heide após situações de ciúmes. A união teria durado cerca de três anos.
Na sentença de pronúncia, a juíza Márcia manteve a qualificação do feminicídio, uma vez que o acusado teria agido contra a ex-companheira por razões da condição de sexo feminino, envolvendo violência doméstica e familiar. Os jurados analisaram também a qualificadara do motivo torpe. O culpado teria ouvido os delitos pela inconformidade com o rompimento da relação amorosa. A terceira qualificada foi o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, já que o acusado teria conseguido os tiros num momento em que a vítima não imaginava que ele estivesse próximo, impossibilitando sua defesa.
Heide foi morta na rua ao sair do trabalho enquanto caminhava em direção ao seu carro. O acusado foi preso em flagrante e está em prisão preventiva desde a data do crime. Na casa dele, foram compreendidos pela Polícia Civil um caderno com anotações sobre o crime, fotos e diálogos apurados em aplicativos como Messenger e WhatsApp. Entre janeiro e julho de 2022, Servo teria perseguido e ameaçado a ex-companheira pessoalmente e pelas redes sociais.
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